..::data e hora::.. 00:00:00

Músicos do MS levam a sonoridade brasileira para França

por | set 28, 2025 | Últimas notícias

Martinelli e Rozales visitam prédio onde funcionava fabrica de flautas de Luis Lot

Uma viagem cultural que foi além das expectativas do maestro Eduardo Martinelli e do violista Brenner Rozales, que levaram para França a música de um dos precursores do choro no Brasil, Patápio Silva, com direito a visita ao local onde ficava a fábrica de flauta tocada pelo artista no século passado. Foram quatro apresentações de 11 a 14 de setembro nas cidades de Egleny e Paris, muito prestigiadas pelo público em geral.

Os recitais fazem parte do projeto O projeto “Patápio Silva – Primeiro Amor”, contemplado no Fundo de Investimentos Culturais (FIC) da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e Setesc Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura. O destino internacional foi para celebrar a musica brasileira, dando a ela a visibilidade e reconhecimento merecido.

De acordo com o Maestro Eduardo Martinelli, Patápio Silva foi um dos maiores flautistas do Brasil e tinha um profundo respeito pela tradição da flauta francesa. Ele sonhava em visitar Paris e conhecer pessoalmente o ateliê de Louis Lot, que fabricava as flautas mais prestigiadas do mundo. “Infelizmente, Patápio faleceu jovem, antes de realizar esse desejo. O prédio onde funcionava o ateliê ainda existe e visitar o local e ainda tocar a música de Patápio é também uma forma de homenagear sua memória e vínculo simbólico com a história da flauta”, destacou.

O projeto “Patápio Silva – Primeiro Amor” já percorreu cidades sul-mato-grossenses como Dourados, Ivinhema, Coxim, Nova Andradina, Cassilância, Três Lagoas e Jardim, na comunidade Tia Eva e no ISMAC (Instituto Sul-mato-grossense para Cegos – Florivaldo Vargas), em Campo Grande.

Nos recitais, Martinelli e Brenner não deixam de explicar a grandeza de Patápio Silva e o porquê de sua relevância. “Patápio era preto, filho de escrava. Direcionou os elementos do que conhecemos como música brasileira. Antes de 1909, não existia Pixinguinha, Tom Jobim. Ele introduziu os elementos rítmicos africanos que os outros deram continuidade, que virou a MPB, que é derivada do samba, que é derivada do choro, que é derivado do que o patápio começou a fazer”, explica o maetro Martinelli.

Para Eduardo Mendes, presidente da Fundação de Cultura, sem dúvida, é um projeto que reflete o compromisso com a promoção das artes e a preservação da história musical do Brasil. “Além disso, proporciona aos sul-mato-grossenses a oportunidade de se conectar com a nossa tradição e se inspirar na criatividade e no talento de um verdadeiro mestre da música”, destacou o presidente da Fundação de Cultura, Eduardo Mendes.

Por Assessoria

0 comentários