Aysla Carolina de Oliveira e Silas Ortiz Grizahay, de 13 anos, estavam sentados em frente de casa, quando os suspeitos começaram os disparos. Os dois chegaram a ser socorridos, mas não resistiram.
Kleverton da Silva, Nicollas Inácio Souza e Rafael Mendes foram condenados a mais de 60 anos de prisão por mataram por engano os adolescentes Aysla Carolina de Oliveira e Silas Ortiz Grizahay, de 13 anos, no bairro Aero Rancho em Campo Grande.
O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (6). Além das condenações, o 2º Tribunal do Júri de Campo Grande absolveu George Edilton Gomes. Já o acusado João Vitor Mendes teve o julgamento adiado para dezembro de 2025, porque o advogado dele não pôde comparecer por motivos de saúde.
Segundo a sentença, Nicollas Inácio Souza, responsável pelos disparos, foi considerado culpado pelas duas mortes. Ele recebeu 15 anos de prisão pela morte de Silas, 15 anos pela morte de Aysla e mais 10 anos pela tentativa de matar o verdadeiro alvo do ataque. No total, a pena somou 43 anos e 20 dias de prisão, além de 25 dias-multa.
Kleverton da Silva, apontado como mandante do crime, foi condenado a 14 anos de prisão pela tentativa de homicídio contra o homem que seria o alvo dos disparos.
Rafael Mendes recebeu pena de 11 anos de prisão pela tentativa de homicídio e por receptação. A moto usada no ataque, que era furtada, foi encontrada com ele.
Os três condenados também terão de pagar indenizações por danos morais: R$ 5 mil à vítima que sobreviveu e R$ 15 mil aos familiares de Aysla e Silas.
Relembre o crime
Na época, a Polícia Civil apontou que dois dos acusados estavam em uma moto e atiraram contra um homem que vendia drogas no local. Ao tentar fugir, ele correu em direção aos adolescentes, que acabaram atingidos pelos tiros.
Aysla foi baleada no rosto, no pescoço e no braço. Silas foi atingido no tórax. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu) foi acionado, mas os dois adolescentes morreram no local.
Veja o que apontou a investigação:
- Nicollas Inácio Souza da Silva: confessou na delegacia que pilotava a moto e atirou nas vítimas. Segundo a polícia, ele usava uma pistola calibre 357.
- Rafael Mendes de Souza: negou participação no crime, mas disse que a moto usada no dia que era furtada ficou guardada em sua casa.
- George Edilton Dantas Gomes: admitiu que fez uma corrida como motorista de aplicativo, mas disse não saber do crime. Investigadores, no entanto, afirmaram que ele estava ciente do plano e ajudou na fuga dos autores.
- Kleverton Bibiano Apolinário da Silva: apontado como mandante do crime. Uma perícia no celular de Nicollas encontrou conversas nas quais Kleverton orientava o comparsa a se livrar da arma e prometia ajudar na fuga e no envio de dinheiro;
- João Vitor Mendes: estava na garupa da moto no dia do crime e foi responsável por atirar e por ocultar uma arma utilizada no crime.
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Jovens tentaram fugir dos disparos, mas foram atingidos e não resistiram. — Foto: Cristiano Arruda/TV Morena
Por Débora Ricalde, Geisy Garnes, g1 MS e TV Morena








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