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Com câncer, Inácio foi vítima de atropelamento criminoso e cuidadoras do cão comunitário precisam de ajuda para manter o tratamento

por | jan 30, 2025 | Últimas notícias

Inácio é um simpático cão comunitário que tem uma vida feliz no Jardim das Paineiras, em Sidrolândia – distante 70 km de Campo Grande.

Ao longo de seus 7 anos, o bichinho amável conquistou os corações dos moradores, que além de alimento, uma casinha aconchegante e cuidados, oferecem amor ao cão que ‘conversa’ com seus cuidadores até mesmo pela câmera de segurança.

Porém, a pacata vida de Inácio mudou, quando em dezembro de 2024, seu focinho apareceu inchado e sangrando. Ao trazê-lo para Campo Grande, a assistente administrativo, Silvana Bernardi – uma das responsáveis pelo cão, recebeu o diagnóstico de câncer agressivo no seio nasal. “Ao descobrir a doença, ele precisou passar por rinoscopia e eletroquimioterapia, que são procedimentos invasivos, feitos em centro cirúrgico. Houve retirada dos tumores, que estavam destruindo seu focinho”, conta.

Câncer no seio nasal desfigurou o focinho do cachorrinho

Em 27 de dezembro, a doença voltou e novos procedimentos foram realizados. Mas Inácio, perseverante, seguiu alegre e cuidadoso com a saúde, sabia a hora certa de tomar as medicações, que agora serão contínuas. No momento de ser medicado, ele vai ao portão de Silvana e grato pelo cuidado, leva ‘pagamentos’, como folhas, pedaços de madeira e tronco. “Inácio é extremamente amado aqui na vizinhança e todos cuidam dele, que é castrado e dócil. Sua inteligência é algo que chama atenção, já que ele sabe a hora de vir pedir comida e tomar os remédios, seja na minha casa ou de outra vizinha que cuida dele. Como a casa dela é toda fechada, quando ele late, ela conversa pelo interfone e ele aprendeu a latir olhando para a câmera enquanto aguarda ela levar a comida dele”, revela Silvana.

Maldade humana – Não bastasse a luta contra o câncer que desfigura seu focinho, Inácio foi vítima da maldade humana no dia 17 de janeiro de 2025, quando um condutor o atropelou propositalmente, resultando na fratura de duas patas.

O grave acidente fez com que o cachorrinho precisasse de cirurgias, colocação de pinos e uma longa internação na clínica Clinvet, em Campo Grande. Com isso, os custos do tratamento que já estavam altos, aumentaram ainda mais e agora, ele e suas cuidadoras precisam de ajuda para custear o tratamento que já passou dos R$ 3.800 mil (apenas em cirurgia e exames). “Eu custeei o tratamento para o câncer que já estava bem alto. Parcelei em vários cartões e estava arcando com tudo, mas o atropelamento gerou muitos gastos, desde medicação até diárias de internação, já que devido o alto risco de infecção, não há previsão de alta”, detalha.

O atropelamento foi testemunhado por uma pessoa, que informou não se tratar de um acidente e sim, de um ato de crueldade. Mas as cuidadoras de Inácio estão mais preocupadas com o bem-estar do cãozinho e quando receber alta, ele já tem para onde ir, até se recuperar e voltar à sua rotina. “Já temos uma casa onde ele vai ficar e depois ele volta a ser comunirário Inácio não aceita ficar preso, se estressa, late muito, gosta de viver livre e nosso bairro é muito sossegado. O atropelamento, segundo testemunhas, foi de alguém que não mora na região, já que aqui ele é amado e cuidado”, explica Silvana sobre o motivo do xodó do bairro não ser acolhido em definitivo.

Corrente do Bem – Para custear a recuperação do atropelamento que resultou em fraturas, Silvana aceita ajuda e quem quiser doar, pode enviar qualquer valor para o Pix: 93515944168 (CPF).

Cuidados incluem roupinhas nos dias frios
Inácio leva ‘pagamento’ na hora de receber a medicação
Casinha onde dorme confortável na vila

Maltratar animais é crime no Brasil – A Lei nº 9.605/1998, que diz respeito sobre Crimes Ambientais, prevê sanções penais e administrativas para quem cometer maus tratos a animais. Isso inclui situações como o atropelamento do Inácio. 

A pena para maltratar animais é de detenção de 3 meses a 1 ano, além de multa. No entanto, a Lei nº 14.064/2020, conhecida como Lei Sansão, aumentou a pena para reclusão de 2 a 5 anos para maus-tratos a cães e gatos. 

Para denunciar maus-tratos a animais, pode-se entrar em contato com o Ministério Público ou com a Corregedoria da Polícia Civil. Em Mato Grosso do Sul, a Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) atua na repressão a este tipo de crime. Denúncias podem ser feitas pelo (67) 3325-2567.

A equipe do Comunica na TV espera que todos os animais tenham cuidado e amor como o Inácio e que ele se recupere para voltar a sorrir e espalhar amor onde vive, cercado de carinho. Vamos juntos ajudar o Inácio?

Por: Elci Holsback

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