Associação que reúne montadoras e serviços da eletromobilidade responde a questionamentos comuns entre interessados na tecnologia.
As vendas de carros somente elétricos deram um salto de 40% este ano, com quase 52 mil unidades emplacadas no acumulado de janeiro a outubro. A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) reúne não apenas as marcas de veículos que oferecem os modelos elétricos, mas empresas de infraestrutura, componentes e soluções em mobilidade.
Porém, nem o maior volume no mercado é suficiente para que as pessoas entendam mais sobre como funciona um carro elétrico. E além disso: muitas pessoas ainda têm dúvidas e podem ser enganadas por informações incorretas e mitos sobre essa tecnologia.
A seguir, vamos levantar cinco questionamentos mais comuns respondidos pela ABVE:
Carro elétrico pode dar choque?
A chance de isso acontecer é menor do que ganhar na mega sena. Antes que isso aconteça, existe uma série de avisos para alertar o motorista. É importante também não tocar diretamente em cabos de alta voltagem, na cor laranja, que ficam no compartimento do motor ou debaixo do carro no pacote de baterias, principalmente se estiverem danificados.
Posso carregar o carro elétrico na chuva?
Sim, é possível carregar um carro elétrico mesmo em condições de chuva. Esses veículos são projetados para resistir às intempéries, graças a sistemas de proteção como as classificações IP67 ou IP68, que garantem resistência à água e à poeira. Embora água e eletricidade não combinem, a ABVE lembra que a maioria da população utiliza chuveiros elétricos sem receio, desde que se tome cuidado e o mantenha em boas condições.
A bateria do carro elétrico fica “viciada”?
O “vício” de bateria, diz a entidade, é coisa do passado. As baterias de carros elétricos hoje são mais avançadas e, mesmo nos piores cenários de uso, têm garantias longas. Utilizando o carro com nível de bateria entre 20% e 80% regularmente, a vida útil da bateria pode ser até o dobro do esperado.
A garantia costuma ser de oito anos para uma degradação de 30%, ou seja, após esse período, ainda restaria 70% da autonomia. Se o carro inicialmente rodava 400 quilômetros, depois de oito anos ele ainda roda 280 quilômetros.
Qual a chance de uma colisão de um carro elétrico produzir explosão?
De acordo com a ABVE isso pode acontecer, mas a chance é muito menor do que nos carros a combustão: estudos nos EUA mostram que a probabilidade de incêndio em carro elétrico é 60 vezes menor do que no modelo a combustão, e nesses o risco de explosão é maior e pode ser imediato. Mas se ocorrer um incêndio ou explosão de lítio, deve-se utilizar extintores específicos para esse produto. Os de classes A, B e C (como água, espuma, pó químico seco, dióxido de carbono e agente limpo) não podem e não devem ser usados, porque podem piorar a situação.
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A bateria perde a vida útil se não for usada?
Sim, como tudo o que não é usado tende a deteriorar com o tempo. No caso das baterias, a deterioração ocorre em situações extremas. Se o carro ficar parado por longos períodos, como em uma viagem de seis meses, o ideal é manter a carga em cerca de 60%. E vale lembrar que veículos a combustão também exigem cuidados especiais quando ficam longos períodos sem uso.
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BYD Dolphin (Foto: Divulgação)
Dolphin Mini (Foto: BYD, Reprodução)
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