Na Corrida do Túnel, Weslley Caitano correu com um colete simbólico. Um gesto de coragem que virou denúncia contra o racismo no esporte.
No último domingo (30), a cidade de Niterói foi palco de uma corrida que não era só por tempo ou medalha. Era por justiça.
Durante a Corrida do Túnel, o atleta Weslley Caitano aceitou o convite da Alma Preta para correr com um colete à prova de balas* — não por estilo, nem por proteção física real, mas como símbolo. Um lembrete forte de que, para muitas pessoas negras, correr pelas ruas ainda é um ato de risco.
A ação foi intitulada Corredor em Perigo, uma iniciativa da Alma Preta que busca lançar luz sobre o racismo que ainda marca o esporte e a prática esportiva nas ruas — espaços onde pessoas negras frequentemente se sentem inseguras apenas por existir e se movimentar. E esse foi só o primeiro passo.
Weslley, que já viveu o racismo na pele em treinos e competições, compartilhou com a gente um depoimento potente:
“Já tentei fugir dessas situações. Mas fugir não muda o que está acontecendo. Participar desse projeto é minha forma de mostrar que o racismo ainda está aí — e precisa ser enfrentado.”
A repercussão da ação também falou por si. Recebemos dezenas de comentários e relatos de pessoas que já viveram situações parecidas. Suas palavras confirmam o que já sabíamos: esse protesto era necessário. Correr com coragem foi só o começo.
Transformar incômodo em movimento é o que nos move.
Agradecemos por caminhar (e correr) com a gente.
Veja como foi essa ação e leia mais em:
https://www.instagram.com/reel/DH1owjnpB95
Compartilhe com quem também acredita que o esporte precisa ser espaço de liberdade — não de medo.
- O colete utilizado é uma peça cenográfica, sem proteção balística, usada como recurso simbólico. Não se enquadra como item de uso restrito.
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