Espaço na Feira Internacional do Livro de Paraty está aberto a experiências para pessoas com deficiência visual, surdas e mulheres quilombolas
Por André Luiz Gomes
Batalha de poesia entre ouvintes e surdos, discussão sobre audiolivros para cegos e oficina com catadoras são algumas das ações inclusivas previstas para a Casa Sebrae durante a Feira Internacional do Livro de Paraty (Flip) 2024. O espaço está aberto para a população até o próximo domingo (13) e tem a proposta de criar um ambiente afetivo, além de receber palestras, saraus, experiências gastronômicas e ser um hub para os pequenos negócios e para o segmento da literatura.
Na quinta-feira (10), à tarde, a Casa Sebrae recebe a Performance do Slam do Corpo, com uma batalha de poesias com participantes surdos e ouvintes. O projeto nasceu do desejo de experimentar performances poéticas em uma composição entre a língua portuguesa e a língua brasileira de sinais.
Já voltada para as pessoas com deficiência visual, a Supersônica Livros, editora de audiolivros, participará de palestra na sexta-feira (11). A empresa foi idealizada a partir de uma necessidade pessoal de Maria Carvalhosa, que ficou cega aos 13 anos, mas nunca desistiu de sua paixão pela leitura.
Mais duas oficinas abordam a inclusão na Casa Sebrae. A “Narrativas Subterrâneas”, no sábado (12), será um laboratório de experimentação e estímulo à expressão e à escrita das memórias de mulheres quilombolas da comunidade de Cordoaria, localizada em Camaçari (BA). Por sua vez, todos os dias pela manhã, o projeto “Dulcinéia Catadora” vai reunir reciclagem e autoliteratura para empoderar pessoas por meio da narração de suas próprias histórias. O projeto foi iniciado em 2007 e funciona em uma cooperativa de catadores de materiais recicláveis em São Paulo.
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