Nos dias de hoje, é difícil imaginar o que seria da cultura baiana sem a Axé Music. O gênero traduz a cara do estado como outros poucos símbolos. Este ano, portanto, é de comemoração para o povo da Bahia, assim como para tantos artistas. São 40 anos de axé. E o músico considerado pai da Axé Music é Luiz Caldas. Especialistas apontam o seu álbum “Magia” (1985) como marco inicial deste movimento.
Para exaltar o mestre e sua obra, ele receberá uma homenagem especial, a Medalha UBC, conferida pela União Brasileira de Compositores, uma das instituições que gerem os direitos autorais no Brasil. A cerimônia acontecerá no dia 5 de fevereiro, às 19h, na Bahia Marina, em Salvador.
— Receber um prêmio como esse é uma grande honra, porque eu conheço o quilate dos artistas e compositores que são meus colegas. Então, é um momento de muita alegria para mim. Estou comemorando 55 anos dedicados à música. Só tenho a agradecer — celebra Caldas, que é o segundo artista a receber esta honraria.
De acordo com dados da própria UBC, as canções “Haja amor”, “O que que essa nega quer” e “Fricote” são as mais regravadas do compositor. Saulo Fernandes é o intérprete que mais cantou Caldas, seguido por Ivete Sangalo.
Outro nome que faz sua carreira na Axé Music, o contrabaixista e compositor Manno Góes, da banda Jammil, tem canções marcantes no gênero, como a famosa “Milla”. Ele exaltou a importância do artista para a história da música baiana.
— Homenagear Luiz Caldas é como fazer um dengo gostoso na Bahia. É como abraçar a criatividade, alegria e o que há de mais solar da nossa terra. É como fazer um chamego no tempo, brindar a dança e brincar com o mar. Luiz é vida que soprou o axé para o mundo, para os corações e para os corpos. Celebrar o talento de Luiz é pedir: “benção, painho”. É um desejo enorme de dizer: “muito obrigado, Luiz”. Obrigado por tudo, mestre. Você merece tudo e muito mais — ressaltou Góes, diretor de comunicação da UBC.
Crédito da imagem: Divulgação
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